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Pode estar em pauta, mas o aumento desse tipo de violência não é de agora. A repressão, hoje visível, está aí na imprensa, nas mídias digitais. A injustiça, a desigualdade, a falta de direitos humanos, cresce em níveis muito mais que preocupantes. Hoje o protesto é fruto de uma manobra política, mas há muito mais em jogo do que R$0,20. Eu me pergunto, o que será que as pessoas pensam dos discursos das autoridades sinalizando uma radicalização da repressão e a prisão de jornalistas e manifestantes, em alguns casos enquadrados no crime de formação de quadrilha?

Guarulhenses, que saem de sua cidade, onde o preço da passagem é R$ 3,30 desde o começo do ano para fazer protesto na capital, onde estavam quando esse aumento aconteceu na sua própria cidade? Vamos reivindicar nossos direitos em todas as esferas! Guarulhenses, onde estão, quando os vereadores de sua cidade votam em projetos e leis que interferem no seu bolso, como o absurdo reajuste do IPTU, o aumento de seu salário, e desnecessários cargos comissionados? Onde estão reivindicando a falta de médico nas unidades de saúde? Estou cansada de ver tanta desesperança. As pessoas mais pobres, inclusive de conhecimento, precisam de algo novo para lhe dar esperança, e partir com mais garra para a luta. Sinto falta em nossa cidade, de uma figura, de um ideal que possa nos representar com sinceridade e honra. Os que temos, não servem.

Voltando ao assunto em pauta, o transporte público acessível é de fundamental importância para que a população possa exercer seu direito de ir e vir, tão importante quanto os demais direitos como educação, saúde, moradia, de expressão, entre outros. Sou contra a depredação do patrimônio púbico e atos violentos de ambos os lados, e infelizmente parece que só assim somos vistos, e um pouco ouvidos, mesmo que raramente compreendidos e atendidos.